domingo, 7 de novembro de 2010

Perdoar é sempre mais barato

Acreditamos que perdão é coisa de gente fraca. Crescemos com a falsa idéia de que guardar ódio de quem nos feriu é vantajoso pra nós. Silenciamos diante dos nossos agressores, ostentando uma imagem de maltratados, para que os outros tenham pena de nós. Ainda não entendemos isso, mas a melhor maneira de sair ileso de uma decepção é compreendendo aqueles que nos decepcionaram.

Não é fácil perdoar. Se fosse fácil, não viríamos tanta gente doente, de coração fechado para o outro e sem qualquer desejo de encontrar esta pessoa pela frente. Todo mundo precisa exercitar o perdão, pois sem ele a vida vai aos poucos perdendo o sentido de ser.

Qual a vantagem de guardar ódio em nosso coração se isso só causa mal em nós mesmos? A pessoa que está trancafiada em nosso coração não sofrerá com o nosso ressentimento, mas nós sim. A medicina já comprovou que o ódio é o propulsor de grandes doenças de caráter emocional. Perdoar é mais vantajoso para quem perdoa do que para quem é perdoado.

Mas quem tem a coragem de se reerguer da ofensa como um vencedor? Frequentemente insistimos em sermos as vítimas da história, choramingando pelos cantos como se nosso mundo tivesse acabado. Não há mal maior do que se abandonar depois do mal que fizeram para nós. As feridas só se curam quando utilizamos o remédio certo: o perdão.

Todo mundo precisa perdoar. Não há ninguém que esteja livre de sofrer as decepções da vida. Enquanto seres em construção, todos nós experimentamos o desgosto das imperfeições das pessoas ao nosso redor. O outro não é perfeito, mas eu também não o sou. Por isso nunca é demais lembrar: devemos perdoar o outro se quisermos que o outro nos perdoe também.

Perdoar não é esquecer. Perdoar é lembrar-se do mal que nos fizeram sem se prender a isso. As derrotas da vida podem se transformar em vitórias se soubermos seguir confiantes, com a certeza da realização. Nossos inimigos podem até nos impedir de sermos felizes, mas quem tem um propósito de vida firmado não dá muita atenção ao que lhes acontece: continua perdoando a que lhes ofendeu para poder viver em paz consigo mesmo.

Escrito por Paulo Franklin

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